Como destaca Sergio Bento de Araujo, especialista em educação, o kit certo nasce do currículo, da segurança e do tempo disponível, só depois vem a tecnologia. Selecionar um kit de robótica não é comprar “caixinhas de peças”; é decidir como sua escola vai transformar ideias em protótipos e dados em evidências de aprendizagem. Continue a leitura para entender como adequar seu kit para cada etapa de ensino.
Critérios que vêm antes da marca
A decisão técnica deve caber na rotina e no orçamento. Além disso, como pontua o empresário Sergio Bento de Araujo, avaliar sete pontos:
- Alinhamento BNCC: quais competências e habilidades o kit ajuda a evidenciar (investigação, argumentação, cultura digital, modelagem).;
- Segurança: baixa tensão, cabos identificados, checklist de uso e descarte consciente;
- Modularidade: começar simples e escalar (LEDs, sensores, atuadores e comunicação);
- Documentação e comunidade: tutoriais claros, exemplos abertos, fóruns ativos;
- Acessibilidade: materiais de alto contraste, apoio multimídia, alternativas offline;
- Custo total de propriedade: reposição local, pilhas/baterias, tempo de preparo do professor;
- Integração pedagógica: compatibilidade com portfólios digitais, ensino à distância e uso ético de IA (apoio ao planejamento e à revisão, sem substituir autoria discente).
Anos iniciais (1º ao 5º): Manipular para compreender
No começo da educação básica, a ênfase é dada à coordenação, observação e relação causa/efeito. Segundo Sergio Bento de Araujo, especialista em educação, o kit perfeito destaca conectores robustos, peças grandes, conexões por encaixe/clip e atividades de sequenciamento visual (fluxogramas básicos). Exemplos de projetos: semáforo de papelão com LED; ventiladorzinho acionado por motor de baixa rotação; “animal” que responde à luz.
Anos finais (6º ao 9º): Medir, modelar e melhorar
A classe mantém ciclos de design breves, recolhe informações e revisa a própria solução. Kits modulares de entrada equipados com sensores de luminosidade, umidade e temperatura, atuadores simples e linguagem de programação “blocos + texto” para uma transição suave são opções interessantes para essa faixa etária.
Ensino Médio (NEM): Protótipos com propósito e dados confiáveis
Conforme o especialista em educação Sergio Bento de Araujo, kits que suportem múltiplos sensores, leitura de dados estável e, se viável, comunicação entre dispositivos (como, por exemplo, enviar leituras para um documento de Excel). Linguagens de texto (como C ou Python) podem coexistir com blocos avançados. Além disso, monitoramento ambiental de sala, automação da iluminação do corredor e dispositivos de acessibilidade são opções vantajosas para melhorar a experiência dos docentes e dos alunos em sala.

EJA: Aprendizagem aplicável e de curto ciclo
No contexto da Educação de Jovens e Adultos (EJA), o kit perfeito diminui o tempo de preparação e a montagem, dando prioridade à sua utilidade prática. Conjuntos com conectores rápidos, guias ilustrados e exemplos de 90 minutos cada são alternativas curtas que aumentam o aprendizado. Avaliações curtas e atividades EAD também são outras maneiras de manter os alunos engajados, utilizando seu tempo de maneira vantajosa e retendo com mais facilidade os conteúdos.
IA, tecnologia e privacidade: Apoio que educa, não substitui
A inteligência artificial (IA) pode gerar listas de materiais, fluxos de teste e exemplos de relatório; contudo, não atribui nota e não produz o protótipo. Registrar versões (o que a IA sugeriu, o que foi aceito e por quê) e publicar uma política simples assegura a qualidade das aulas. Em escolas privadas e escolas públicas, transparência com famílias e estudantes aumenta confiança e qualidade das evidências.
Como comparar propostas de fornecedores?
Peça amostras funcionais e teste com uma turma real; avalie tempo de preparo do professor, clareza dos manuais, facilidade de reposição local e a qualidade dos exemplos pedagógicos (com rubricas). Focar no que move a aprendizagem é o que protege a qualidade da compra. Além disso, atividades que não viram evidência de BNCC tendem a se tornarem descartáveis com o tempo.
O melhor kit é o Kit de robótica ideal por etapa de ensino!
O kit “ideal” é aquele que evidencia aprendizagens da BNCC, cabe no tempo de aula, é seguro, inclusivo e expansível. Quando a escola decide por critérios pedagógicos, e não apenas por catálogos, robótica vira linguagem para pensar, comunicar e transformar o território. Se você quer começar hoje, selecione a etapa, aplique os critérios e rode um piloto curto. A tecnologia certa é a que faz a turma aprender com propósito.
Autor: Diana Wyor

