A Deputada Estadual Daniella Jadão Menezes compreende que combater a pobreza menstrual é garantir dignidade, saúde e permanência de meninas e mulheres em espaços de estudo, trabalho e convivência. Quando o acesso a absorventes, higiene adequada e informação é negado, não se trata apenas de um problema íntimo, mas de uma violação de direitos básicos. A menstruação não pode ser motivo de vergonha, falta às aulas ou isolamento social; por isso, transformar esse tema em política pública é uma urgência social no Maranhão.
A realidade de muitas famílias maranhenses é marcada por baixa renda, falta de saneamento e dificuldade até mesmo para garantir alimentação diária. Nesse cenário, itens de higiene menstrual acabam ficando em segundo plano, o que obriga meninas e mulheres a improvisar com materiais inadequados e inseguros, prejudicando a saúde física e emocional.
Pobreza menstrual como questão de saúde e educação
Daniella Jadão Menezes avalia que a pobreza menstrual precisa ser encarada como tema de saúde pública e de permanência escolar. Meninas que não têm acesso a absorventes muitas vezes deixam de frequentar a escola durante alguns dias todo mês, acumulando conteúdos, perdendo avaliações e, em muitos casos, pensando em abandonar os estudos.
Quando a escola se torna um espaço que oferece não apenas livros e aulas, mas também informação sobre o corpo e acesso a itens de higiene, a educação passa a cumprir um papel de proteção e acolhimento. Disponibilizar absorventes em banheiros escolares e desenvolver projetos pedagógicos sobre menstruação combate tabus e reduz o constrangimento que ainda cerca o tema.
Ademais, tratar a pobreza menstrual como questão de saúde significa garantir acompanhamento médico quando necessário, orientar sobre cuidados básicos e prevenir infecções decorrentes do uso de materiais improvisados ou da falta de higiene adequada.
Dignidade no dia a dia das mulheres maranhenses
Em diversos territórios, conforme observa Daniella Jadão Menezes, mulheres precisam escolher entre comprar alimentos ou produtos de higiene, o que evidencia o tamanho da desigualdade. A menstruação, que é um processo natural, passa a ser vivida como um fardo ainda maior em contextos de pobreza.

Políticas que garantem distribuição gratuita de absorventes em escolas, unidades de saúde, centros de referência de assistência social e instituições de acolhimento funcionam como uma rede de proteção. Elas asseguram que nenhuma mulher ou menina precise se ausentar de suas atividades por falta de condições mínimas para lidar com o próprio corpo.
Ao mesmo tempo, é fundamental assegurar acesso à água, saneamento básico e banheiros em condições adequadas, especialmente em áreas rurais e periferias. Sem esses elementos, o combate à pobreza menstrual fica incompleto, pois a higiene envolve muito mais do que o absorvente em si.
Informação, combate ao tabu e acolhimento
Como destaca Daniella Jadão Menezes, enfrentar a pobreza menstrual também significa enfrentar o silêncio e o preconceito que cercam o assunto. Muitas meninas passam pela primeira menstruação sem orientação clara, sentindo medo ou vergonha de contar o que estão vivendo. Em alguns contextos, o tema ainda é tratado como proibido em casa, o que reforça a desinformação.
Projetos educativos em escolas, campanhas em comunidades e ações em unidades de saúde podem abrir espaço para conversar sobre menstruação de forma respeitosa e simples. Quando o assunto é tratado com naturalidade, meninas e mulheres se sentem mais seguras para pedir ajuda, tirar dúvidas e reivindicar seus direitos.
Profissionais da educação, da saúde e da assistência social são aliados importantes nesse processo. Eles podem identificar situações de vulnerabilidade, orientar famílias e construir, junto com a comunidade, estratégias de enfrentamento.
Políticas públicas integradas e compromisso com o futuro
Daniella Jadão Menezes conclui que o combate à pobreza menstrual deve estar articulado a outras políticas de proteção social, saúde da mulher e educação. Programas de distribuição de absorventes, ações de saneamento, fortalecimento da atenção básica e projetos de combate à evasão escolar precisam caminhar juntos para produzir resultados duradouros.
Ao incluir a pauta menstrual no planejamento do Estado, o Maranhão reconhece que dignidade também passa pelo direito de viver o próprio ciclo sem humilhação, medo ou improvisos perigosos.
Um Maranhão comprometido com meninas e mulheres é aquele que entende que a pobreza menstrual não é um problema individual, mas uma expressão de desigualdade que pode e deve ser enfrentada com políticas bem estruturadas. Garantir acesso a produtos de higiene, informação e acolhimento é garantir o direito de estudar, trabalhar, ocupar espaços e sonhar sem que um processo natural do corpo se transforme em barreira.
Autor: Diana Wyor

